quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Capitulo VII - Quando o corpo pede um pouco mais de alma.

Fim do dia de 24 de dezembro de 2012

- Corre caralh*, corre, corre. – Pedro gritava com todo o ar dos pulmões enquanto mineiro entrava com sua 1100 . Ele acabara de chegar e eu vi pelos monitores de segurança. A moto começou a derrapar devido ao chão liso e coberto de sangue, a cena era infernal, o estacionamento do Carrefour estava todo vandalizado, e haviam alguns infectados, que vagavam sem objetivo nenhum pelo estacionamento, mas logo que viram a moto eles seguiram ela até a entrada do mercado. Todos estavam com partes do corpo faltando e gemiam algo indecifrável... Mas não terminou por ai, Mineiro entrou deixando Pedro que esperava na porta cheio de sangue que o pneu havia espalhado, ele (mineiro) só teve tempo de descer da moto e tirar o capacete, os infectados alcançaram o portão antes dele se fechar, eu acompanhava tudo da sala de controle.

Pedro e Mineiro atiravam nos infectados, enquanto eu pegava minha Magnum e descia as escadas para ajudá-los. Quando os alcancei um frio percorreu a minha espinha, o céu estava nublado, como estava do lado de dentro do mercado não senti, mas percebi que ventava muito, mas aquela não era hora de apreciar paisagens, os infectados tentavam nos morder de qualquer jeito, os que chegaram na frente morreram facilmente porque podíamos atirar com facilidade, mas quando os outros 40 chegaram a coisa ficou preta.
- Não vamos agüentar, porra – eu disse para o Lot que cravava uma faca na cabeça de uma mulher que quase havia lhe mordido.
-Eu sei... Mas teremos que agüentar o máximo possível até chegar ajuda, acho que desse tanto nós damos conta sim.

Foram as palavras que ironizaram o próximo acontecimento. Chegou mais um grupo de infectados corria em nossa direção, agora eram uns 150 no total, não iríamos dar conta, e havia sempre algum engraçadinho tentando amenizar a situação.
- E ai cara, tudo na santa paz? – Mineiro me perguntou com aquele sorriso enorme no rosto, eu ri da situação.
- Tudo cara, conversamos depois – os projeteis acertavam tudo que havia na frente, mas o difícil mesmo era acertarmos as cabeças, e era o único jeito de matá-los.
De repente vejo algo descendo do céu, era algo grande, um galão que parecia conter nitrogênio, foi o que confirmou Schuler dez segundos depois...

O galão devia ter dois metros de altura por um de largura, aquilo acertou o chão e liquidou pelo menos sete infectados, logo após o barulho da queda nós ouvimos a voz de Schuler nas caixas de som do hipermercado.
- É o seguinte negada, todo mundo para trás que o pau vai comer solto, o galão de nitrogênio vai estourar em 10 segundos. – Não precisamos de mais nenhum aviso, nos entreolhamos e corremos o mais rápido possível. O Mineiro ainda consegui ligar a moto e sair na nossa frente, o filho da mãe ainda deu uma buzinada.

Um barulho ensurdecedor, em seguida algo quente me jogava para frente. Após isso, NADA...

2 comentários:

Ellen Regina - facetasdemim disse...

A história é boa, muito parecida com uma narrativa oral
:>

Thaís Fontes disse...

aaah que viajante! *-*
"e ai cara, tudo na santa paz?" xDDDD ri muito imaginando isso!