segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Capítulo IV - Mortos de verdade não levantam

22 de Dezembro de 2012 Com uma 45mm do lado do meu banco e depois de ter descoberto que o meu amigo da ABIN tinha trazido sua coleção pessoal para cá também, estava me sentindo mais seguro,mas ainda assim, o receio, o medo, ou talvez a curiosidade de ver o mundo que sonhava há quatro anos atrás se tornando real, me deixava nervoso. Percebi que as minhas mãos estavam tremendo, como há muito não acontecia, achei que tinha aprendido a controlar isso desde o treinamento com o arco e flecha.

-Lot, abre o vidro!- Eram as palavras do Vitinho, que me fizeram voltar para a realidade. Abri o vidro do passageiro e vi um morto-vivo pela primeira vez. Não era muito diferente do que o cinema, os livros e as séries mostravam. Um pedaço de carne putrefata com feições e roupas humanas rasgadas. Depois de um tiro que acertou no pé do zumbi, eu preferi fechar a janela, não queria arrsicar uma invasão ao carro.

-Todo mundo se segura, vamos passar por uma lombada!- Foram as minhas palavras, quase entrando no Carrefour.

-Mas aqui não tem lombada!- Disse um dos passageiros da van. Todos sentem que eu passei por uma elevação. Os inteligentes seguiram meu conselho, os outros sofreram as mesmas consequências que ocorreriam ao passar por uma lombada normal. Realmente não tinha lombada na entrada. As pessoas que olharam pra trás viram que eu tinha atropelado alguma coisa, mas não sabiam se era um zumbi ou se era um inocente. Do lado do Carrefour tem um shopping, praticamente colado. Isso aumenta o número de entradas que deveriam ser protegidas. Vai atrapalhar um pouco. Como já tinha passado do horário de fechar, as portas estavam trancadas. As pesoas gritavam desesperadas dentro da van. Eu, o Vitinho e o Brunão já tinhamos saído da van. Mandei o Bruno mandar eles calarem a boca. Nada me irrita mais do que pessoas histéricas. Eu tiro o celular do bolso, ligo pro Schuller:

-Abre a porta, rápido!- Disse, deixando escapar um pouco do meu nervosismo. As portas se abriram, eu entrei primeiro. O Bruno entrou com a van. O Vitinho entrou atrás e deu a ordem para o Schuller fechar a porta.

-Sejam Bem-Vindos! - Disse o Schuller das caixas de som. Localizei a sala de onde ele falava. Dei ordem para todas as pessoas subirem lá, onde estariam seguras. Nosse dever agora, meu e do Vitinho, era vasculhar todos os cantos do Mercado, fechar todas as portas, e matar qualquer coisa que não estivesse totalmente viva nem totalmente morta. Poucas luzes estavam acesas, para uma pessoa que está acostumada a zona que é um ambiente cheio, ver um lugar tão grande vazio é, no mínimo, estranho. Eu estava com uma 45mm, com uma faca na bota direita e um arco na mão, todos eles com munição.

-Eu não entendo o seu problema com esse arco. Você tem uma 45 e fica com esse arco na mão...- Disse o Vitinho, que só portava armas automáticas e modernas.

-Quieto, escuta isso.- Dava para ouvir passos a aproximadamente duas prateleiras da gente. A visão que você tem de um zumbi é um ser lento. Não conte com isso. Os passos se moviam com uma rapidez natural de um ser humano, mas com uma certa dificuldade. Provavelmente relacionado ao lugar em que foi mordido. Ao ouvir os passos da criatura e o barulho dos produtos de limpeza caindo da prateleira, meu nervosismo foi aumentando. Minha mão instintivamente segurava mais firme no arco e a agonia do vitinho era perceptível. A criatura já estava no outro lado da nossa prateleira. escutei o barulho da arma engatilhando e peguei uma das flechas que guardava na minha aljava (porta flechas) e já deixei a minha arma a ponto de atirar. Quando fomos para o outro lado vimos com o que a gente estava lidando: Um homem, embora seja vagamente humano, de estatura média, com um dos pés dilacerado pelo ataque, mas parecia não sentir dor. Não esperamos ele perceber nossa presença. O morto-vivo recebeu uma flecha no peito e um tiro no ombro, e isso não foi o suficiente para ele morrer, mas foi o suficiente para chamar a sua atenção e revoltá-lo contra nós.
Um bom arqueiro leva cerca de 4 segundos para atirar uma flecha: um segundo para puxar a corda, outro para estacionar a mão que puxa a corda no ponto adequado, mais um segundo para mirar e no último segundo a corda é liberada. Eu não tinha muito mais tempo que isso até ele conseguir chagar até nós. Mas eu tinha o Vitinho me dando cobertura. Como eu sabia que seria difícil conseguir acertar a cabeça do zumbi com ele em movimento, preferi mirar na região do calcanhar. Se ele não fosse Aquiles, pelo menos o faria cair no chão. Meu tiro foi certeiro, mas o tiro da 'precisa' arma que Vitinho portava acertou o pescoço.

-Eu sou do tempo em que um tiro só matava uma pessoa...- resmungou ele.

-Eu sou do tempo em que os mortos não levantavam e corriam para cima da gente. - Disse, com o meu poder de fazer piadas em situações impróprias. Com o morto-vivo no chão, foi fácil mirar na cabeça. Só para ter certeza, disparei uma flecha que transpassou sua testa.
Subimos na sala da gerência, que ficava colada com a sala de segurança, o que nos garantia uma posição estratégica, já que as salas tinham espaço o suficiente para o nosso grupo de 8 pessoas. Tranquei as portas. Precisávamos dormir, pois teríamos um longo dia pela frente.

3 comentários:

Victor Aguiar disse...

HUISHDUIHUDAHSIUDHIASU

Muito bom cara, adorei seu blog, e o layot é muito lindo!

Sammyra Santana disse...

que texto hein!
morto-vivo... M.E.D.O.!!! rsrs
Bjo

Anônimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu